quarta-feira, 23 de novembro de 2011

DISLEXIA

Devido à falta de conhecimento sobre a definição do que é Dislexia, o mundo tem tantas informações, que confunde e desinforma. Além disso, a mídia no Brasil aborda este tema parcialmente ou incorretamente.
Muitas vezes nos deparamos com crianças que apresentam algumas dificuldades como, por exemplo: em aprender a ler, na Soletração, na Escrita, em Linguagem Expressiva ou Receptiva, em Razão e Cálculo Matemáticos, como na Linguagem Corporal e Social, porém são crianças saudáveis, inteligentes e com nível cultural adequado. A dislexia não é uma incapacidade e sim uma dificuldade a ser vencida, desta forma, é muito importante o diagnóstico precoce, a fim de amenizar problemas e dificuldades complexas no futuro.
Infelizmente, convivemos com o antigo conceito arcaico de que: “quem é bom, é bom em tudo”, ou seja, se há inteligência obrigatoriamente há habilidade em tudo o que faz, e isso nem sempre é verdade sendo necessária uma percepção peculiar e aplicação do bom senso.


OS SINTOMAS MAIS COMUNS NA PRIMEIRA INFÂNCIA:

1 - atraso no desenvolvimento motor desde a fase do engatinhar, sentar e andar;
2 - atraso ou deficiência na aquisição da fala, desde o balbucio á pronúncia de palavras; 
3 - parece difícil para essa criança entender o que está ouvindo;
4 - distúrbios do sono;
5 - enurese noturna;
6 - suscetibilidade à alergias e à infecções;
7 - tendência à hiper ou a hipo-atividade motora; 
8 - chora muito e parece inquieta ou agitada com muita freqüência;
9 - dificuldades para aprender a andar de triciclo;
10 - dificuldades de adaptação nos primeiros anos escolares.

A PARTIR DOS SETE ANOS

1-Apresentam duas características marcantes podendo ser extremamente lento, ou muito rápido e com erros na execução de seus deveres.

2-tem letra bonita, mas tem pobre compreensão do texto ou não lê o que escreve; 

a fluência em leitura é inadequada para a idade;
3-inventa, acrescenta ou omite palavras ao ler e ao escrever;

4-só faz leitura silenciosa, mas só entende a leitura quando lê em voz alta; 

5-sua letra pode ser mal grafada e, até, ininteligível; pode borrar ou ligar as palavras entre si;
6-esquece aquilo que aprende em poucas horas, dias ou semanas;
7-facilidade com exames orais;

8-mais facilidade em escrever, do que falar aquilo que sabe; 

9-tem grande imaginação e criatividade, mas se desliga facilmente;
10-tem dor de barriga na hora de ir para a escola e pode ter febre alta em dias de prova; 
11-dificuldade na concentração de um só estimulo;
12-baixa auto-imagem e auto-estima; não gosta de ir para a escola;
13-perde-se facilmente no espaço e no tempo; sempre perde e esquece seus pertences;
14-bipolaridade, impulsivo a ponto de interromper os demais para falar;

15-não consegue falar se outra pessoa estiver falando ao mesmo tempo em que ele fala; 

16-tem dificuldades visuais, embora um exame não revele problemas com seus olhos;
17-embora alguns sejam atletas, outros mal conseguem chutar, jogar ou apanhar uma bola;
18-confunde direita-esquerda, em cima-em baixo; na frente-atrás;
19-é comum apresentar lateralidade cruzada;

20-dificuldade para ler as horas, para seqüências como dia, mês e estação do ano; 

21-depende do uso dos dedos para contar, de truques e objetos para calcular;
22- boa memória longa, mas pobre memória imediata, curta e de médio prazo;
23-pode ter pobre memória visual, mas excelente memória e acuidade auditivas;
24-pensa através de imagem e sentimento, não com o som de palavras;
25-não tem atraso e dificuldades suficientes para que seja percebido e ajudado na escola;
26-pode estar sempre brincando, tentando ser aceito nem que seja como "palhaço" ;
27-tem pré-disposição à alergias e à doenças infecciosas;
28-tolerância muito alta ou muito baixa à dor;
29-forte senso de justiça;
30-dificuldades para andar de bicicleta, para abotoar, para amarrar o cordão dos sapatos;
31-manter o equilíbrio e exercícios físicos são extremamente difíceis para muitos disléxicos;
32-com muito barulho, o disléxico se sente confuso, desliga e age como se estivesse distraído;
33-cerca de 80% dos disléxicos têm dificuldades em soletração e em leitura.

Como a dificuldade de discriminação fonológica é acentuada, a alteração da pronuncia das palavras são freqüentes, resultado da falta de percepção dos sons das letras e das sílabas, porém essas crianças têm um alto nível de inteligência entendendo tudo o que lhe é dito, como é relatado pelas próprias mães, pois sua memória auditiva é excelente.

NA FASE ADULTA
Se a criança disléxica não tiver um acompanhamento adequado na fase escolar ou pré-escolar, quando for adulto, ainda apresentará dificuldade na escrita; memória imediata prejudicada; dificuldade na aprendizagem de uma segunda língua; disnomia (dificuldade em nomear objetos e pessoas); dificuldade com direita e esquerda; dificuldade em organização; problemas emocionais como depressão, ansiedade, baixa auto-estima e muitas vezes usam drogas e álcool.

O diagnóstico é feito por uma equipe multidisciplinar composto por psicólogos, fonoaudiólogos e psicopedagogos que realizam uma minuciosa investigação e constatam a necessidade do parecer de outros profissionais, como Neurologista, Oftalmologista e outros, conforme o caso.

Precisamos nos lembrar que descartamos as disfunções ou deficiências auditivas e visuais, lesões cerebrais e déficit intelectual.

Para conseguir um resultado excelente no tratamento da dislexia, há necessidade de trocas de experiências em relação aos procedimentos realizados entre o profissional, a escola e a família.



Um ponto de apoio para os portadores de dislexia, é a ABD – Associação Brasileira de Dislexia.

O que a ABD oferece?

- Orientação direcionada a cada caso.

-Atendimento a pais, familiares, escolas, profissionais clínicos, imprensa, órgãos públicos e toda a comunidade.
-Curso de Formação em Dislexia, dirigido a profissionais, que ocorre anualmente focando a questão multidisciplinar e abordando os seguintes temas: Evolução do ser humano, ----Avaliação, Diagnóstico e Acompanhamento pós-diagnóstico e Inclusão do Disléxico na escola num total de 84 horas/aulas. 
-Simpósio Internacional – Dislexia, Cognição e Aprendizagem, a cada dois anos.
-Encontros com disléxicos e reunião com pais.
-Palestras em Escolas, Faculdades, Comunidades, Clínicas, etc.
-Palestras diversificadas conforme áreas de interesse.
-CAE - Centro de Avaliação e Encaminhamento.
-Diagnóstico multidisciplinar de Exclusão.
-Encaminhamento adequado a cada caso atendido.
-Biblioteca para consulta.
-Acesso a livros selecionados e materiais relacionados com distúrbios de aprendizagem.
-Desenvolvimento de pesquisas cientificas e estudos quanto à incidência e forma da dislexia no Brasil.


Material de apoio


RENATA MUNIZ

TEXTO RETIRADO DO SITE:  http://portaldafono.blogspot.com/

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